sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Os Três Conselhos - Parte 3

Desculpem a demora para postar, mas eu ando tão atarefado que não ando tendo tempo de usar o computador, sem falar do monopólio da minha irmã. Mas tá aí, a terceira parte do conto Os Três Conselhos:



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Os Três Conselhos - Parte 3







O patrão, seu Davi, insistiu um pouco para que João ficasse por ali, mas não teve jeito. João estava decidido a ir embora e reencontrar sua família. Então o patrão levou-o ao escritório para fazer o acerto. Chegando lá, disse-lhe:

- João, eu filho, eu posso te dar muito dinheiro nos seus direitos, pois você trabalhou muito tempo aqui comigo. Mas quero saber uma coisa. Você gostaria de receber o seu pagamento em dinheiro mesmo?

- E tem outra forma?

- Eu gostaria muito de pagar-lhe com conselhos.

João pensou muito e, sem saber o motivo, aceitou o estranho pagamento em conselhos. Seu Davi disse, então:

- Eu tenho três conselhos para você.

O primeiro: “Nunca desvie de seu caminho”

O segundo: “Você não tem nada com vida de ninguém”

O terceiro: “Pense sempre três vezes antes tomar uma atitude”

Depois dos conselhos, o patrão entregou-lhe um pão caseiro, bem grande, enrolado em uma toalha e disse:

- João, você só deve cortar este pão quando estiver em um momento muito feliz, mas feliz de verdade. Agora, você pode pegar suas coisas e seguir seu caminho. Vá em paz.

João juntou suas tralhas, pegou o pão, e ficou matutando... “ Acho que endoidei. Não é possível! Eu poderia ter saído daqui com um bom dinheiro, mas tenho um pão e três frases bem estranhas”. Pensando assim, João tomou seu rumo e foi estrada a diante, seguindo pelo caminho que tinha usado para chegar até a fazenda, mas dessa vez ele não ia a pé, pois tinha comprado um cavalo com o pouco de dinheiro que guardava com ele todo mês.

Pelo caminho, João encontrou um outro viajante, conversaram e passaram a rumar juntos. Mais a diante, havia uma bifurcação. João sabia que tinha vindo pela esquerda, mas o viajante insistia para que fossem pela direita, pois tinha certeza de que o caminho era mais curto, assim economizariam seis horas de viagem. Pedro foi seguindo o viajante, mas lembrou-se do primeiro conselho: “Nunca desvie de seu caminho”. Pensou e acabou desistindo de ir por ali e foi mesmo pela esquerda, onde tinha certeza que chegaria, não importando o tempo gasto. O viajante o chamou de burro e foi pela direita.

Quando João chegou ao vilarejo mais próximo, ouviu conversas sobre um bando de salteadores que andavam por aquelas bandas e que já tinham assassinado um viajante e roubado todas as suas coisas e seu cavalo. Ouvindo essas coisas, ele imediatamente agradeceu o ex-patrão em pensamento pelo conselho. Ele pernoitou em uma pousada pobrezinha. De manhã, tomou café e seguiu viagem... (CONTINUA)



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