Crônicas e Artigos

Fênix!

Desde que terminei a faculdade - a tão high society e hipócrita faculdade de gaveta - que não escrevo. Sei lá,talvez a minha inspiração tenha corrido de medo de tanta informação enfiada violentamente na minha cabeça. Praticamente um estupro consentido do pouquinho de essência artística habitante de mim. Ou, quem sabe, eu tenha me acostumado a escrever coisas confusas e deprimentes, que eram, praticamente, meus sentimentos estampados e, agora, que não me sinto mais nem confuso, nem deprimido, seja difícil escrever... Mas hoje tomei fôlego e coragem. O motivo da minha motivação - e a redundância é proposital - foi um conto de uma amiga de minha tia. As suas palavras fizeram a minha inspiração, já cicatrizada, mas um pouco acanhada e amedrontada, sair debaixo das cobertas, mesmo com esse frio, e pular pras teclas do computador. Neste momento, ela está sambando, saltitando, dançando frevo e pulando carnaval - de salão e de rua - em cada letrinha deste editorial de despertar de um coma e, jajá, os meus incontáveis leitores (incontáveis, porque o que não tem não dá pra contar) poderão ler-me novamente.

PS: Pode parecer um texto um tanto quanto egocêntrico, mas eu precisava disto, como um ato de auto incentivo.


Caminhos

Quão estranhos são os caminhos que nos estão disponíveis e quão sábios são entretanto.
Ao som de uma só palavra pode-se finalizar um ciclo, encerrar uma corrente ou desencadear um feiche de acontecimentos; é a seda que tece a reluzente teia do destino que nos envolve continuamente no seu emaranhado de fios e pontos, que laçam e pucham as vidas para os infindáveis e solenes caminhos.
São como neurônios. As vidas são os impulsos nervosos e a rede de axônios e dendridos são rios que desaguam uns nos outros e, assim, todos estão interligados.
Caminhosgeram consequências, assim como consequências geram caminhos; as escolhas são chaves que abrem as portas. Assim, temos que cuidar par anão quebrarmos a chave na fechadura, insistindo em uma escolha errônea, cegando-nos e trancando nossos caminhos.
Mas não há caminho sem saída. Há portas trancadas e as chaves estão num molho infindável pendurado ao lado de cada uma. Basta, então, somente, pegarmos a chave certa.


H1N1 e as Maravilhas do Mundo

Depois de um período de inatividade, venho escrever-lhes sobre algo que me revoltou. Todo mundo já ouviu falar, claro, dessa gripe que está amedrontando todo mundo, a tal da “gripe-A” ou “H1N1”. Todos já sabem também que apenas os grupos de risco estão sendo beneficiados com a campanha de imunização através das vacinas.
Pois bem, todos já ouviram falar também daquele monumento que é cartão-postal do Brasil, além de ser considerado uma das maravilhas do mundo moderno – o Cristo Redentor, localizado no Rio de Janeiro. Todos sabem também que monumentos precisam de manutenção regularmente. Mas, alguém sabe quanto custa, nos dias de hoje, dar uma “ajeitadinha” no Cristo Redentor? Alguém arrisca um palpite? O custo é avaliado por volta de 700 milhões de reais.
Ótimo. Agora, todos já devem ter ouvido falar daqueles ônibus espaciais que, pelo que eu ouvi nos jornais, já estão aposentados, sendo substituídos por meios de transporte interplanetários muito mais modernos e tecnológicos. Já ouviram falar certamente em toda a pesquisa e programas desenvolvidos para exploração do espaço além Terra. Alguém arrisca, dessa vez, quanto foi gasto no último ano em relação a este tipo de tecnologia? Algo em torno de 10 bilhões.
Se eu estiver errado, por favor, corrijam-me. A vacina da gripe “H1N1”, em consultórios médicos particulares, custa em torno de R$ 100,00. Se pegassem 100 milhões da manutenção das “maravilhas do mundo”, 100 milhões do que é gasto tentando explorar o universo já daria para imunizar, pelo menos, 20 milhões de pessoas a mais.
É claro que nós não queremos pedaços das “maravilhas do mundo” caindo na cabeça dos turistas. Não queremos também alienígenas deprimidos porque nós não fomos conhecer suas novas casas na praia ou onde quer que seja. Para que fique claro, não estou defendendo a deterioração dos monumentos históricos e arquitetônicos que são patrimônio da humanidade, nem sou contra pesquisas tecnológicas. Entretanto, tento, aqui, criar um contraste entre as prioridades estabelecidas pela humanidade da qual, por incrível que pareça, todos fazemos parte.


Ladrão de carro foge da escola!

É da escola mesmo. Não estranhem. Vão entender logo. Mas antes, uma breve consideração.
Precisamos de, pelo menos, um pouco de estudo pra tudo, não é verdade? Até para ingressarmos em profissões que não são muito valorizadas pela sociedade temos de atender a requisitos de escolaridade.
Mas, neste caso apresentado agora, a falta de “prática” na nossa boa e velha Língua Portuguesa foi um ponto crucial. Observem:





A “praca cronada” foi definida na notícia apresentada na fonte original como “estelionato da Língua”, e com toda razão! A não ser que exista uma nova cidade em Santa Catarina...
Trocar o L pelo R é, às vezes uma questão de regionalismo ou problema de dicção, não podendo ser considerado um erro tão grave. Uma pessoa pode ser muito bem instruída e alfabetizada e trocar, de vez em quando, o L pelo R ao falar, mas a falta de prática no idioma pode fazer com que a pessoa transporte as falhas de dicção para a escrita.
Dizem que feio é bater na mãe por causa de mistura; roubar e não poder carregar. Agora uma nova categoria. Feio é “croná a praca e num sabê escrevê”.


Trampo!

Quando uma repartição pública que, até então, funcionava com o trabalho de nove servidores públicos - mais o gerente, passa a ser “tocada” por dois servidores efetivos, um contratado – em fase de aprendizado – e o gerente está de férias, com rumores de que não volta mais, o que fazemos?
Além da mão de obra faltando e do serviço sobrando, agora o que era um departamento foi misturado com outro, ou seja, mais trabalho.
Agora, se não bastasse essa situação crítica, existe, ainda, a tal da burocracia, que dificulta terrivelmente nosso trabalho. Podemos caracterizar burocracia como um conjunto de procedimentos que devem ser tomados para se obter algo.
Claro que a burocracia também nos protege. Ter seus procedimentos todos documentados e solicitados por parte legítima, isentam o servidor de ter de responder por falhas ou conseqüências no setor público.
Mas o problema todo gira em torno de um mau costume de gerências passadas que preferiam agilizar os procedimentos internos e acabaram passando este hábito aos contribuintes, que agora não conseguem entender a necessidade de apresentar documentos pessoais mesmo diante de uma solicitação simples, como uma alteração de endereço.
Assim, todo o nosso trabalho passa a vir, ir e voltar sem resolução, tão somente aguardando que o solicitante prove ser legítimo, que as cópias dos documentos sejam autenticadas, etc.
Ocorre que quando uma solicitação é resolvida, acaba dando à luz mais duas ou três, para se chegar ao resultado esperado.
Tudo bem que eu não tenho uma solução para o problema, mas discorrer sobre ele parece amenizar um pouco a situação. Enquanto isso, eu fico fazendo três coisas com uma mão, quatro com a outra e atendendo ao contribuinte com o resto!


Como é Feito?

Abre o potinho, pega uma pequena porção com uma colherinha, despeja suavemente na xícara e adiciona água fervente. Pode acrescentar açúcar ou adoçante, mas eu prefiro puro mesmo. Ah...! Café... E café solúvel! Alguém já se perguntou como é feito esse mágico pozinho que nos poupa de ter de lavar um coador imundo e, depois, ter de lavar a pia toda que fica cheia de borra de café?
Tudo que é instantâneo, certamente, teve um pré-preparo. Assim como os macarrões que ficam prontos em três minutos; eles são pré-cozidos. É praticamente da mesma forma, no caso do café solúvel.
Na sua fabricação, o café em pó comum é colocado em um coador por onde passa água. Como é de costume, uma parte dele se dissolve na água e outra parte, não solúvel, fica retida no coador e é descartada. Após esse procedimento, o café dissolvido na água passa por uma liofilização, que nada mais é que um processo bastante moderno de retirada de água, como uma secagem a frio, na qual são mantidas as propriedades do alimento como odor, sabor e cor.
Após a liofilização, o que sobra é o café que havia sido dissolvido anteriormente na água, ou seja, um café solúvel!
Agora, uma outra dúvida. Aquela coisa estranha, engraçadinha, semitransparente, gelada, firme e molinha ao mesmo tempo. Sabe? Aquela colorida, de vários sabores, que sempre tem de sobremesa em restaurante self-service? Isso, a gelatina! Alguém sabe do que esse outro ilustríssimo pozinho é feito?
A gelatina, na verdade, é apenas uma forma processada de uma proteína estrutural chamada colágeno, a qual é adicionada corantes alimentícios, aromatizantes e conservantes. O colágeno faz parte da estrutura e inúmeros seres vivos incluindo os seres humanos. O colágeno faz parte de quase um terço da estruturação do corpo humano.
A gelatina que comemos origina-se dos ossos, cascos e tendões de bois, vacas e porcos. Isso mesmo! Você, que é vegetariano, pode tirar a gelatina do cardápio! Para fazer a gelatina, os fabricantes trituram estas várias partes dos animais e dão a elas um pré-tratamento com um ácido forte ou com uma base forte para quebrar as estruturas celulares e liberar proteínas, como o colágeno.
Depois deste pré-tratamento, a mistura é fervida. Durante este processo, a grande molécula do colágeno acaba se quebrando parcialmente e o produto resultante é chamado de gelatina. A gelatina é facilmente extraída, porque ela forma uma camada na superfície da mistura em fervura.
Mas a dúvida maior de todas vem agora. Alguém sabe como se faz para controla uma mulher de TPM? Alguém sabe controlar duas mulheres de TPM? E quando uma é sua noiva e outra sua irmã? E as duas passam por isso, geralmente, ao mesmo tempo? Ah! Socorro! É geralmente nesses dias que fico mais tempo no trabalho, ou na academia, ou trancado no quarto lendo. Se alguém souber a receita, por favor me falem...
Fonte:
http://lazer.hsw.uol.com.br/questao557.htm
http://www.educacional.com.br/alunos58/minuto/popup_minuto.asp?page=47


Gordo!

Bem, cheguei à conclusão que se continuar comendo desse jeito eu não vou mais caber na minha casa... Pois nas roupas já não estou mesmo cabendo, ontem mesmo, mandei uma calça com o zíper estourado para minha sogra consertar, além das inúmeras camisas penduradas no guarda roupa que me olham torto de nariz empinado, como se dissessem “nem pense nisso! Vai acabar nos estourando”.
Durante os últimos dois meses tentei fazer varias coisas pra mudar essa situação. Dieta, exercícios físicos, outro tipo de dieta, outro tipo de exercício físico etc. Mas nada foi pra frente, sempre quebrava a rotina... É incrível! Quando a gente começa a fazer dieta sempre tem aquele amigo que faz churrasco, aquela que faz uma feijoada, o outro que faz strogonoff, lasanha... Parece perseguição! Aí a gente pensa: “eu vou, mas vou comer só um pouquinho”, e come que nem um porco.
Chega a um ponto que acaba se tornando paranóia e aí você come mais e mais por que está nervoso tentando perder peso; depois come mais e mais porque está frustrado de não ter perdido peso e sim achado alguns que tinha perdido antes; depois come mais ainda por... por... Ah! Come sem motivo mesmo.
Comer é uma das atividades mais prazerosas no meu dia a dia e o pior, também gosto de cozinhar e de experimentar novos tipos de receitas... Não sou capaz de ficar por muito tempo sendo alimentado pelos mesmos legumezinhos, frutinhas e negocinhos integrais... Preciso de sabor, de cor de aroma!
Por isso é que eu decidi que vou apelar pra uma daquelas dietas rápidas e milagrosas, totalmente contra indicada pelos médicos. Já fiz uma vez há algum tempo atrás uma dieta da sopa. Emagreci mesmo, mas engordei tudo de novo depois. Vou orar pra que eu tenha força de vontade pra manter o peso depois da dieta. Isso foi um desabafo, descupem-me.


Necessárias Oscilações



Reunião de Família

O texto a seguir foi escrito por sete mãos. Cada pessoa escreveu uma parte, durante uma reunião de família... Um almoço desses de fim de ano. Olha aí no que deu:

Desvendar um segredo não é fácil.Mantê-lo é o mais difícil.
Mas porque ter segredos?
Somos seres secretos e por isso incompletos, e de alma diferenciadas, homem e mulher.
O que nos acompanha sempre é o que aprendemos.
Por isso é melhor ensinar e não guardar, como segredo, a aquilo que é aprendido.
Aperfeiçoando e ajudando a um grande número de pessoas.
Criaturas em ascensão, onde o erro permeia a caminhada da vida, revigorando nível intelectual e humanístico.
Elos de uma corrente, que estão a cada dia sendo rompidos, ora pelas paredes de tijolos, ora pela indiferença gerada pela incompreensão ou pela ganância.
Mas o segredo maior, o bem mais precioso e o mais escondido, trancado no fundo e escuro baú da existência é a sintonia.
Os homens só serão realizados com paz e união é quando souberem sintonizar-se uns com os outros.
Aquilo que é segredo secreto se torna fútil e morre, acaba com o tempo....

Escrito por: Ivan, Patrícia, Inácia, Cezar, Rita, Patícia e Débora.


Sonhando...

Solstício de inverno! O dia mais sombrio ou, se preferir, a noite mais longa do ano e, falando em noite, vamos pensar um pouco sobre os sonhos.
Um sonho pode ser entendido, em síntese, como nada mais do que a lembrança de acontecimentos ocorridos durante o sono. A ciência ortodoxa, analisando tão somente os aspectos fisiológicos das atividades oníricas, ainda não conseguiu conceituar com clareza e objetividade os sonhos, mas Freud, o precursor dos estudos mais avançados nesta área julgava que os instintos, quando reprimidos, tendem a se manifestar quando nosso consciente racional diminui a sua atividade, quando dormimos, por exemplo. Tais manifestações ocorreriam em forma de sonhos, através de uma linguagem simbólica representativa do desejo.
Certo jovem metropolitano descreveu os sonhos como “a despretensão, a não necessidade dos significados e a ausência da responsabilidade”. Embora, muitas pessoas passam a tentar encontrar significados para seus sonhos eu, particularmente, prefiro encará-los como uma manifestação artística ou uma oportunidade de livrar-nos da realidade monótona e do estressante cotidiano.
Podemos perceber que os nossos sonhos mexem fortemente com nossas emoções, de modo que podemos acordar chorando e passar o dia todo tristes se sonharmos com a morte de alguém querido, por exemplo. Isto porque o sonho é repleto de conteúdo emocional. Comparando com uma receita de bolo, o emocional é como a farinha; os outros ingredientes podem ser fatos que nos marcaram, coisas que ouvimos ou vemos durante nossa rotina, desejos... Coisas, essas, que não deixam, de certa forma, de ser sentimentos.
Durante um sonho, consigo perceber coisas e detalhes que no cotidiano não dou tanta atenção. Cores e formas parecem bem mais expressivas quando estou sonhando. É parecido com uma internet discada e uma banda larga. Durante nossa realidade, é como se fizéssemos “download” de informações para nossa mente, já no sonho, os “arquivos” que já estão no “PC” são “executados”. Acho que por isso, posso perceber mais detalhes. Claro que isso varia para cada pessoa. Alguns têm sonhos plenamente tortuosos e em preto e branco, outros nem sequer lembram-se de seus sonhos.
Estou falando tudo isso sobre sonho para entrar em um assunto onírico mais interessante. É conhecido como sonho lúcido Imagine se você pudesse controlar seus sonhos, como se você estivesse no seu dia a dia. O que faria?
Durante um sonho, não sabemos que estamos sonhando; quando despertamos, ficamos intrigados, imaginando como aquelas informações desconexas foram parar em nossas cabeças. O contrário ocorre em um sonho lúcido. Você está ciente de que está sonhando; há um momento de claridade, um flash, e você percebe o sonho. Passa algo na sua cabeça como “... Opa, peraí, isso é um sonho...”, tudo parece tornar-se mais claro e você passa a ter relativo controle da situação.
Eu digo relativo controle porque não sei até onde pode ir este controle. Se podemos mudar o ambiente dos sonhos, ou transformar pessoas ou a nós mesmos, ganhar superpoderes... Tratando-se de um sonho, tudo é possível, mas em minhas experiências com tal fato, o máximo que pude fazer foi explorar um pouco o cenário do sonho, dirigindo meus passos para lugares onde eu queria ir e conversar com pessoas que eu queria conversar.
Talvez seja preciso um treino maior para que possamos ter controle total de nossos sonhos, mas por enquanto, quando estou sonhando e “acordo” dentro do sonho, tudo parece mais nítido e é mais fácil lembrar-me dos detalhes.
Sonhos lúcidos podem parecer coisa de New Age, ou ocultismo, mas a ciência explica – ou tenta explicar – esse fenômeno. O fato de as pessoas terem ou não sonhos lúcidos não está em questão. A questão é determinar se elas podem realmente controlá-los. Alguns cientistas respondem positivamente e com entusiasmo, enquanto outros desconsideram a hipótese taxando-a como bobagem.
Não se sabe ao certo o que acontece no cérebro enquanto estamos experimentando um sonho lúcido. Alguns cientistas acreditam que o córtex pré-frontal lateral, a parte do cérebro que lida com a lógica, pode ter certa parte de responsabilidade nisso.
Durante o sono REM, ou seja, o mais profundo, essa porção cerebral está supostamente “inativa”, mas pode-se crer que, de certa forma, ela “desperte”, de tal maneira que o sonho e a lógica estariam trabalhando ao mesmo tempo, permitindo que o sonhador reconheça a situação do sonho pelo que realmente é, tomando, assim, consciência de que não está em uma situação real de seu cotidiano.
Agora, com todas essas informações, se você ficou com vontade de experimentar este fato, no link a seguir existem algumas dicas de como ter um sonho lúcido. Espero que tenham gostado!
http://saude.hsw.uol.com.br/sonho-lucido3.htm

Bibliografia consultada:
http://www.hsw.uol.com.br
http://www.sedentario.org
http://www.comciencia.br/resenhas/sonhos.htm


Arranjos e Encaixes




A imagem acima, que ilustra o post, chamou minha atenção de uma forma inesperada. A princípio, foi-me apresentada para que eu fizesse uma análise matemático-geométrica dela... Tanto pensei e refleti, que acabei trazendo pra um sentido um pouco mais filosófico (ê vem!).
Olhando para a imagem, podemos perceber que é formada por dois triângulos que, por sua vez, são formados pelas mesmas figuras geométricas arranjadas de forma diferente em cada um deles, de forma que, em determinado arranjo, o encaixe não é perfeito, deixando sobrar o pequeno espaço de um quadrado.
Como é intrigante! As mesmas figuras, do mesmo tamanho e, à primeira vista, o triângulo onde sobra um espaço aparenta ser maior, mas não é... São do mesmo tamanho.
Daí pensei (ê vem, de novo!)... Tudo tem sua função e seu encaixe perfeito no universo; por mais caótico que tudo pareça ser, sempre há uma arranjo para que não tenha falhas.
As plantas, por exemplo, não podem se locomover, nem têm tantas armas para sobrevivência, mas de onde vem seu alimento? Da luz, da água e do gás carbônico... Elementos extremamente abundantes... Mas se deixarmos uma planta escondida da luz e/ou sem água, rompemos o arranjo e o encaixe deixa de ser perfeito.
Não precisamos ir muito longe. Nosso dia a dia é repleto de pecinhas que passamos a organizar, encaixar e montar figuras conforme nos adaptamos à rotina. Podemos perceber que, se conseguimos organizar bem ou arranjar corretamente as peças de nossos atos costumeiros, nosso dia será como uma figura bem encaixada, sóbria e sob controle. Mas, se o contrário acontece, certamente percebemos que surgem problemas e erros como se, realmente, fossem buracos numa figura anteriormente padronizada e consistente.
Agora, uma análise matemática do colega que me apresentou a figura:
“Os dois triângulos são compostos pelas mesmas figuras, exceto pelo buraco no 2º triângulo.
A área das figuras somadas no primeiro triângulo resulta em 32u², enquanto no segundo, elas somam (por causa do buraco que tem 1u²) 33u².
O triângulo resultante nos dois casos teria área de 32,5u².
A diferença decorre dos dois triângulos pequenos não serem simétricos:
Tg(T. verde)=2/5=0,4
Tg(T. vermelho)=3/8=0,375
Portanto, a linha que forma a ‘hipotenusa’ do triângulo grande é côncava no 1° triângulo e convexa no 2°, resultando a divergência nas áreas. Na realidade a área da primeira figura mede 32u², enquanto a da segunda mede 33u², e não ambas 32,5u², como seria caso a ‘hipotenusa’ fosse uma reta.” (Alan Schelb Gonçalves, estudante de Psicologia)
Bom, agora, depois de tanta teoria e linha e triângulo e hipotenusa... Vamo ler uma piadinha só pra descontrair... Lá vai!

"A professora pega o Juquinhano flagra, olhando para a prova da colega da frente.
Ela dá uma bela bronca:
- Você é um moleque atrevidomesmo! Não tem vergonhade ficar colando o tempotodo? Você não tira os olhosda prova da Lurdinha!
E o Juquinha, na maior cara-de-pau, responde:
- Pra senhora ver, tia... Se ela tivesse uma letra melhor não precisava ficar olhando o tempo todo..." (www.bacaninha.com.br)


A Coisa

Tem uma coisa que foge da gente às vezes e, quando isso acontece, nós podemos correr atrás, procurar, procurar... Exasperadamente! Mas não achamos. Quanto maior a persistência em achá-la, maior o tempo que levamos para encontrá-la; ou o esforço é tanto que acabamos por não encontrá-la de jeito nenhum.
Geralmente, eu perco essa coisa exatamente quando eu não posso perdê-la ou, simplesmente, quando eu quero muito que ela venha, me envolva e não vá embora tão cedo.
Que coisa estranha é o sono! Quanto mais tempo gasto querendo prendê-lo a mim, maior o tempo em que fico acordado, tentando. Talvez, o segredo seja não tentar... Simplesmente ficar ali, à toa, com a mente em branco. Mas quem é capaz disso? A cabeça da gente é como um papel virgem, reluzente, ao lado de uma criança criativa e uma caixa de giz de cera colorido. Ela tá sempre lá, pintando, desenhando e, por mais que tentemos apagar ou colocar a criança de castigo, ela tá sempre desenhando... Ou seja, o ócio da mente não nos traz o sono.
Daí podemos tentar deixar a criança levada da mente cansada, ou enjoada de tanto desenhar, esforçando a pequena mão ágil a desenhar cada pensamento bem rápido e seguido; um atrás do outro... Mas também é inútil! Quanto mais essa criança desenha e rabisca, mais ela quer continuar desenhando.
Então fixamos nosso pobre olhar de peixe moribundo num ponto imaginário da escuridão, ficamos boiando à deriva das horas apoiados pela silhueta do nada e, quando simplesmente desistimos e damo-nos como vencidos, pois dormir já não adiantaria mais, pois em meia hora teremos de acordar, ela vem, essa coisa louca, e pula em cima da gente que, impotente, nem resiste...Zzzzz...

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