
Quando parecia que Maíra tornara-se um objeto de decoração em seu próprio quarto, como uma escultura retorcida e esquecida num canto, algo chamou, extraordinariamente, sua atenção. Era uma pessoa; um homem, passando pela rua. Ela não se deu conta dos detalhes desua aparência, estatura, idade, se era gordo, magro, branco ou pardo. Maíra, tão somente, enchergava seus olhos. Profundos olhos que eram um misto de mistério e doçura. Muito pretos. Vítreos. Realmente como um vitral, ou um caleidoscópio, que evocava-lhe as cores mais belas e atraentes... (CONTINUA)