sábado, 25 de julho de 2009

Fim





Puxei as barras com muita força, mas nada aconteceu. Empurrei-as então, mas em vão. Tentei tirar forças de todos os meus órgãos, de todos os meus membros, de todas as minhas células... Nada. Fui novamente dominado por um bando de animais que me prenderam, me amarraram em uma túnica estranha e comprida demais. Senti-me levado, enquanto bradava estrondosamente e o portão afastava-se de mim inevitavelmente.

Fui colocado, outra vez, naquela mesma sala pequena e branca e, novamente, a serpente me picou. Acho que seu veneno havia enfraquecido, pois demorei um pouco até perder os sentidos... Enquanto isso, pude ver a serpente, seu vulto, pela porta, segurando algo perto do rosto e dizendo coisas estranhas aos meus ouvidos, frases parecidas com: “ Alô?! Gostaria de falar com a dona Raquel... Hum, dona Raquel?! Aqui quem fala é Shyrlei, sou enfermeira no Hospital Psiquiátrico Jardim II e estou ligando pra falar do Sr. Antônio. O que houve?! É o segundo ataque e a quarta tentativa de fuga dele em menos de três dias... Ah! E tem mais, o último cheque que a senhora mandou acaba de voltar... Não! Não tem mais jeito... Estou enviando uma ambulância com seu tio... Devem estar chegando aí em umas duas ou três horas... Passar bem!



FIM!

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